Hoje de manhã encontrei
na pia da cozinha quatro caixas de bombom com o seguinte bilhete: “não abra é para
os lixeiros”. À tarde recebi uma cliente, que veio de surpresa, me trazer um
presente de Natal. Fiquei muito feliz! Daí pensei: é Natal e as pessoas querem
presentear umas as outras. E isso é muito bonito. Mas qual a diferença entre o
presente que recebi e o presente do lixeiro se todos são presentes de Natal?
Toda, por que,
geralmente, as pessoas se lembram de presentear seu advogado ou seu médico, mas
pouquíssimas se lembram de presentear seu lixeiro! E isso minha mãe sempre me
ensinou: a me preocupar com os esquecidos. E quem são os esquecidos? São aqueles
que nos servem o ano todo e que ninguém se lembra deles. Talvez por serem invisíveis
à sociedade que não valoriza o trabalho deles, embora seja tão importante
quanto o do advogado, o do engenheiro, o do médico ou o do professor.
Os esquecidos são o
lixeiro, o carteiro, o jardineiro, o lavador de carro, e tantos outros... Enfim,
são pessoas que fazem parte de nossa vida, mas que não damos a atenção e o
valor necessário durante o ano, mas que, pelo menos, no Natal, podemos nos
lembrar deles.
No livro de crônicas
“As mães que mudaram o mundo”, o autor, Billy Graham, conta histórias reais de
mães de pessoas famosas ou desconhecidas que com pequenos detalhes em sua
criação fizeram a diferença na vida deles e de toda a sociedade.
A minha mãe
sempre me ensinou a me preocupar com as pessoas invisíveis e a tratá-las com
respeito e atenção. Por que fazer alguém feliz com uma simples caixa de bombom,
pode não significar nada para você, mas para muita gente pode ser a única alegria
no Natal. Aliás, essa é a diferença entre o presente que recebi de minha
cliente e o presente do lixeiro: ambos foram dados com amor, mas o do lixeiro
tem um significado especial! Feliz Natal!
Sylvana Machado
Ribeiro.