quarta-feira, 2 de novembro de 2016

FLORES OU COROA DE FLORES?

Flores ou Coroa de Flores?

Dia de finados não serve somente para lembrar os que já se foram e sim para refletir como estamos tratando os que ficaram e convivem conosco. Então, fica aqui uma reflexão: Será que estamos tratando com amor e respeito aqueles que Deus colocou em nosso caminho para aprendermos a ser mais humanos? Ou será que quando eles não concordam conosco perdemos a educação, o bom senso, a elegância e tentamos modificá-los e impor a nossa vontade? Não perca seu tempo levando flores ao túmulo daqueles que já nos deixaram, por que isso não vai aliviar a consciência de não tê-los amados em vida. Ao invés disso, compre flores e leve para aquela pessoa que você brigou, se desentendeu por bobagem, e mesmo assim, ainda a chama de amigo, irmão, pai, mãe, enfim, aquela pessoa que mesmo estando aqui você só ama quando ela concorda com você. Tente hoje se reconciliar com alguém, como um exercício de amor, antes que seja tarde demais! Compre flores para ele antes que tenha que comprar coroa de flores! Pense nisso!  


Sylvana Machado Ribeiro. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O umbigo e a garçonete.

O umbigo e a garçonete.

Se tem uma coisa que sempre me intrigou é a capacidade que as pessoas têm de admirar o próprio umbigo. Esse comportamento auto-centrado, no próprio umbigo, sempre existiu, mas, hoje em dia ainda é pior. Porque hoje, além da auto-admiração as pessoas ainda desejam se mostrar para o mundo. É a cultura do “ame-se e mostre-se o quanto puder”! É muito amor pelo próprio umbigo! Como se houvesse diferenças entre umbigos. E alguns ainda querem, a qualquer custo, ao menos um minuto de fama. Na verdade, eu nunca entendi muito bem esse “amor pelo próprio umbigo”. Aliás, isso está bem na moda nos dias atuais, a notar-se pelas redes sociais que deveriam ser chamadas de “espelhos sociais” por que quase todos as usam, não para se relacionarem, mas sim para se auto-refletirem. Esse comportamento exibicionista, pode até estar na moda, mas eu diria que não é muito normal.  É claro que não sou contra as redes sociais. Muito pelo contrário. Na verdade acho fantástica essa invenção que faz com que as pessoas se conheçam, sem se conhecerem. Sem falar de outras utilidades inerentes a elas como: aproximar quem está longe, reencontrar amigos que não víamos há muito tempo e afastar quem está ao nosso lado. Na verdade não sou contra as redes sociais. Apenas acho que o uso delas é muitas vezes desvirtuado, e por que não dizer equivocado? Mas não vim aqui hoje falar e criticar as redes sociais. Vim aqui hoje falar de pessoas. E de uma pessoa em especial, a Neide. E quem é a Neide? Neide é uma garçonete que me serve quase todas as manhãs uma tapioca no meu café da manhã. Ela é muito simpática e atende muito bem todos os seus clientes. Seu entusiasmo pelo trabalho é visível. E eu me arriscaria a dizer que poucas vezes encontrei alguém tão animada com o próprio trabalho. Quem para e observa a Neide trabalhar percebe na hora que ela é feliz com o que faz. Coisa rara hoje em dia.  E posso dizer, com certeza, que ela é uma das poucas pessoas sensíveis que encontrei nessa vida. E quando encontramos alguém que percebe além do próprio umbigo até nos assustamos. E porque não dizer, admiramos muito!  No mundo atual, onde todos querem ter seu minuto de fama, não é fácil achar alguém que nos perceba e, simplesmente, nos veja, ainda mais sem nenhum interesse.  E foi isso o que ela demonstrou para mim hoje. É que hoje eu estava almoçando no restaurante em que ela atende e ela se aproximou de mim e me disse: - Sylvana, eu estou achando você tão pra baixo hoje, o que aconteceu? E isso me fez entender que ainda existem pessoas sensíveis e que não se importam apenas com o seu próprio umbigo. Afinal, como Neide percebeu que eu realmente estava meio triste? Que sensibilidade! Como uma pessoa tão dedicada ao trabalho pode ter tempo e sensibilidade, na correria do dia-a-dia, servindo tantos pratos, a tanta gente ao mesmo tempo, e ainda parar e observar que eu não estava bem? Neide, você acertou! Eu realmente estava meio “pra baixo”, como você mesma disse. Mas a sua percepção e indagação me deixaram mais animada! Me fez acreditar que ainda existem pessoas que não olham somente para o próprio umbigo. E que ainda há esperança para um mundo tão egocêntrico onde as pessoas não se importam de verdade umas com as outras. E que ao contrário do que eu disse no início dessa crônica: os umbigos nem sempre são iguais! Alguns são mais sensíveis que os outros, como o da querida Neide. E, Neide, cuide bem do seu umbigo por que ele é muito especial!


Sylvana Machado Ribeiro. 

terça-feira, 22 de março de 2016

Bal das Cabeças e o Hush Hush...


Bal das Cabeças e o Hush Hush...

Quando recebi o Save Date do aniversário de meu amigo Marco eu pensei: - Nossa que legal!  É claro que eu vou, mas vou pensar nisso depois...
E o tempo foi passando...
E meus amigos se preparando. E eu pensando: calma gente, ainda tem tempo! Eu não entendia por que eles estavam se preparando com tanta antecedência.
E o tempo foi passando...
E um dia minha amiga Núbia me ligou para perguntar se eu ia à festa. E eu disse: claro que vou! E ela disse: então pode reservar a passagem e o hotel, senão fica muito encima e você não consegue depois. Daí eu pensei: calma, ainda tem muito tempo! 
E o tempo foi passando...
E a Núbia já estava com tudo arrumado para a viagem e eu nada!
E o tempo foi passando... E eu fui pensando... Por que tanta antecedência de preparação para uma simples festa? Eu simplesmente não entendia...
E o ano de 2015 acabou.
E o tempo foi passando...
E eu não tinha nem pensado em providenciar minha viagem. E em meados de janeiro de 2016 minha prima Adriana me ligou e perguntou: vamos à festa do Marco Geovane em Março? Eu já comprei minhas passagens e vou reservar o hotel. Você quer ir conosco? Daí eu pensei: é agora! Tenho que ir também! E resolvi ir junto com a Adriana e o Márcio. E foi a melhor coisa que eu fiz! Já que eu ia então, estava na hora de arrumar a viagem, afinal março já estava chegando...
E estávamos apenas em Janeiro.
Na minha cabeça quem tinha que se preparar com antecedência para a festa era o aniversariante e não os convidados. Afinal, ele era o anfitrião, e nós apenas convidados, certo? Errado, por que na festa do Marco os convidados são tão importantes que eles participam da festa desde a preparação, seja providenciando as passagens, reservando o hotel, arrumando as cabeças e até mesmo ensaiando para o Flash Mob que eu também tive a honra de participar. Afinal, a festa de aniversário de 50 anos de meu amigo Marco não era uma simples festa, era o Bal das Cabeças! E isso faz toda a diferença! Hoje eu entendo.
Eu nunca tinha participado de uma festa tão bem planejada e preparada com tanto carinho e de forma tão especial.  O Marco pensa em tudo e principalmente em agradar seus convidados. A começar pelo nome da festa: Bal das Cabeças. Só o nome já nos inspira a pensar em como será nossa cabeça. E isso é muito excitante! É muita imaginação!
E o tempo foi passando... E fomos pensando em como seria nossa cabeça. E em qual salão ir. E qual vestido vestir... 
E o tempo foi passando... E fui convidada para participar do Flash Mob... E vieram os ensaios. A coreografia. Os amigos que conhecemos por conta disso... E o tempo foi passando...
Até que chegou o grande dia! Todos se preparando para a festa. Já estávamos no salão nos arrumando e de repente começou uma tempestade em todo o Rio de Janeiro. E choveu tanto que em apenas uma hora e meia choveu o que deveria chover em todo o mês de março! Vários bairros alagaram e muitas pessoas ficaram ilhadas porque não tinham como sair de casa. Os taxis não circulavam devido ao perigo iminente de serem arrastados pela enchente! Foi um caos total!
E o tempo foi passando... E nada da chuva acabar. E a enchente foi aumentando. E não tínhamos como voltar do salão para casa.
E o tempo foi passando... até que a chuva foi enfraquecendo e conseguimos voltar para casa a pé por que não tinha taxi rodando! Mas, pelo menos chegamos em casa!
E o tempo foi passando... E já era mais de 11horas e ainda estava chovendo e não tinha taxi. Até que conseguimos pegar um Uber que nos levou para a festa em Santa Tereza. E chegamos à meia noite!
E o tempo foi passando...
E a festa acontecendo. E o Marco nos recebeu com uma coroa de Rei, todo feliz e animado! E sua cabeça estava bem de acordo com a realeza de sua festa! Uma verdadeira majestade!
E o tempo foi passando...
E ele de repente desce as escadas com outra coroa iluminada e azas pretas maravilhosas, dançando o Hush Hush, no que os convidados se juntaram a ele para dançarem juntos... E o tempo foi passando e a gente foi dançando numa grande emoção daquelas que raramente sentimos em nossas vidas!
A festa teve muitas outras atrações como o cantor Sidney Magal, a cantora Baby Consuelo e outros, mas tenho certeza que pelo menos para mim o Hush Hush foi o mais emocionante e contagiante! Nossa emoção e alegria de participar efetivamente de sua comemoração com essa dança realmente vai ficar para sempre em nossa memória! E pode passar o tempo que for que jamais esqueceremos! Valeu Marco! Foi uma grande honra! Hush... Hush!

Sylvana Machado Ribeiro.




quinta-feira, 17 de março de 2016

Explicando a decisão para o Lula

Explicando a decisão para o Lula:

A decisão que suspendeu a posse de Lula, hoje, significa que a Justiça é a única esperança do povo brasileiro.   E que o juiz Catta Preta não é um herói, pois, ele simplesmente cumpriu com o seu dever constitucional de restabelecer a legalidade, barrando o despautério que seria a nomeação de Lula como Ministro da Casa Civil, uma vez que se tratava de ato eivado de ilegalidade por desvio de finalidade. É claro que ele mesmo (o Lula) não vai entender o teor dessa decisão, mas vou explicar o juridiquês para que ele entenda. É o seguinte, Lula: “Decisão Judicial” é quando um juiz letrado, estudado, concursado e competente (no sentido jurídico) decide algo que você não tem capacidade para fazer por que você não é juiz, é apenas um cidadão comum, portanto, não adianta explicar por que você não vai entender. “Suspender a posse” significa que você pode até assinar, publicar e ir à cerimônia de posse, mas isso não tem nenhuma validade jurídica, por que o ato foi suspenso por ilegalidade, por um juiz “covarde”, como você mesmo disse. “Suspensão dos efeitos até o julgamento final desta ação” significa que quem sabe na próxima encarnação você tenha outra oportunidade de tomar posse e, que, por enquanto, você ainda vai continuar sob a jurisdição de outro juiz “covarde”, ou seja, aquele que você disse não temer: o Moro! Sacou?

Sylvana Machado Ribeiro.